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A Vida e Seus Profundos Significados

  • Foto do escritor: Cesar Santaella
    Cesar Santaella
  • 12 de mai.
  • 3 min de leitura

Você já se perguntou se há um sentido maior para esta jornada que chamamos de vida? Será que nossa trajetória na Terra é a única experiência que nos define, ou há algo além, que precede ou sucede nossos dias sob o Sol? Essas perguntas nos convidam a refletir sobre a natureza da existência e as realidades que vão além do que nossos sentidos podem captar.


Sempre que me deparo com esse tema, lembro de uma história que me inspira profundamente desde a primeira leitura. Ela convida a expandir nossa percepção, a olhar além do físico e a considerar a possibilidade de uma dimensão metafísica, espiritual. Quero compartilhar essa narrativa com você, na esperança de que ela também possa tocar sua consciência e despertar novas possibilidades para sua jornada.


Um Diálogo no Ventre da Vida


Imagine o ventre de uma mãe, onde dois bebês se encontram em um espaço de quietude e esperança. Um deles, curioso e cético, vira-se para o companheiro e pergunta:


— Você acredita em vida após o parto?


O outro, com uma luz de esperança nos olhos, responde:


— Claro que sim. Tem que haver algo além deste momento. Talvez estejamos aqui para nos preparar para o que virá mais tarde.


— Bobagem, retruca o primeiro. Que tipo de vida seria essa? Aqui, tudo o que precisamos está conectado ao cordão umbilical. É tudo o que existe: nutrição, proteção, segurança.


— Eu não sei ao certo, diz o segundo, mas acredito que haverá mais luz do que aqui. Talvez possamos andar com nossas próprias pernas, comer com nossas bocas, sentir outros sentidos que ainda não podemos compreender.


— Isso é um absurdo, insiste o primeiro. O cordão nos fornece tudo. Sua curta extensão significa que não há espaço para imaginar uma vida além dele. A ideia de uma existência após o parto é algo que não podemos aceitar.


— Talvez seja assim, mas tenho esperança de que há algo mais, algo diferente deste ambiente. Talvez não precisemos mais deste tubo físico, desta conexão que nos prende.


— E se há algo além, por que ninguém voltou para nos contar? — questiona o primeiro. — Se existe uma vida após este momento, por que nunca ouvimos falar de alguém que retornou para nos informar?


— Eu não sei ao certo, responde o segundo, mas tenho esperança de que encontraremos a Mamãe, e ela cuidará de nós. Ela nos conhece, nos ama, e um dia nos reuniremos com ela.


— Mamãe? Você realmente acredita nela? — diz o primeiro, com ceticismo. — Isso parece ridículo. Se ela existe, onde ela está agora?


— Ela está ao nosso redor, responde o segundo. Estamos cercados por ela. Somos uma parte dela. Vivemos nela. Sem ela, este mundo não poderia existir. Ela é a fonte de tudo.


— Mas eu não a vejo, protesta o primeiro. E, se não vejo, então ela não existe.


— Às vezes, quando você se silencia e escuta com atenção, pode perceber sua presença — diz o segundo. — Sua voz amorosa, sua energia, estão ao nosso redor, mesmo que nossos sentidos ainda não consigam percebê-la plenamente.


Essa narrativa, adaptada do livro "The Bridge of Life", do autor Y. M. Tucazinsky, nos convida a refletir sobre a nossa percepção. Ela nos apresenta um dilema fundamental: até que ponto podemos confiar naquilo que nossos sentidos nos mostram? Será que a realidade que percebemos é toda a realidade que existe?


Sob a perspectiva da física quântica, essa história ganha ainda mais sentido. Ela é uma alegoria que nos incentiva a manter a mente aberta para possibilidades que transcendem o mundo físico. Assim como os bebês no ventre, muitas vezes somos limitados por uma visão estreita, acreditando que tudo o que existe se resume ao que podemos ver, tocar ou medir. Contudo, a física quântica revela que há dimensões e realidades metafísicas que estão além do alcance imediato de nossos sentidos.


Talvez seja o momento de ouvir mais o coração e buscar, com a intuição, aquilo que os olhos não podem captar. A verdadeira compreensão da existência exige uma disposição para aceitar que o universo é muito mais vasto e misterioso do que a matéria sensorialmente aparente. Como os bebês, estamos aqui para nos preparar para uma realidade que ainda não podemos compreender totalmente — uma conexão entre o físico e o metafísico, o tangível e o intangível, a matéria e a consciência.


Ao refletirmos sobre o significado de nossa presença neste universo organizado por leis e constantes físicas que favorecem a vida, damos um passo importante na jornada rumo à compreensão mais profunda de nossa verdadeira essência. Afinal, a essência da nossa existência pode estar muito além do que nossos sentidos nos mostram, aguardando que abramos os olhos para uma realidade mais ampla, mais verdadeira e mais amorosa.

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