top of page
  • Instagram
  • LinkedIn
  • Amazon

Tesouro IPCA+ 7,8% é a oportunidade da década?

  • Foto do escritor: contatocesarsantae
    contatocesarsantae
  • 4 de mar.
  • 4 min de leitura
ree

O blog aborda a atratividade do juro pré-fixado acima de 15% ao ano nos títulos brasileiros e IPCA + 7,84%, um recorde histórico, questionando se vale a pena correr riscos na renda variável com dividendos menores.


Em fevereiro de 2025, o mercado financeiro brasileiro apresenta um cenário desafiador. A ausência de uma política fiscal eficaz para reduzir o déficit primário tem gerado uma aversão generalizada ao risco, refletida nas altas taxas de juros exigidas para os títulos públicos. Títulos de renda fixa com juros pré-fixados acima de 15% ao ano e IPCA + 7,84% estão atingindo níveis históricos de atratividade, indicando um prêmio de risco elevado.

Diante desse contexto, muitos investidores se questionam: vale a pena investir em renda variável, que geralmente oferece dividendos menores, entre 3% a 6% ao ano, em comparação com os retornos atraentes da renda fixa? Para responder a essa pergunta, é crucial evitar o sensacionalismo da mídia e adotar uma abordagem fundamentada e inteligente para os investimentos. Este capítulo busca esclarecer se ainda faz sentido manter investimentos em renda variável, considerando as altas taxas de retorno da renda fixa no Brasil.


Comparação Histórica: Renda Fixa vs. Renda Variável


Historicamente, o desempenho dos títulos atrelados ao IPCA e do índice Bovespa (que reflete o desempenho das ações na bolsa) varia significativamente ao longo do tempo.


  1. IPCA+: Títulos indexados ao IPCA, como o Tesouro IPCA, geralmente oferecem retornos reais (acima da inflação) que podem ser bastante atrativos em períodos de alta de juros ou incerteza econômica. Em alguns momentos da história brasileira, esses títulos superaram a renda variável, especialmente em períodos de inflação controlada e taxas de juros elevadas.

  2. Índice Bovespa: O retorno do índice Bovespa é altamente volátil e depende de fatores como a saúde da economia, o desempenho das empresas listadas e a confiança dos investidores. Em períodos de crescimento econômico, as ações frequentemente superam os investimentos em renda fixa. No entanto, em tempos de crise, as ações podem ter um desempenho inferior aos títulos de renda fixa.


Em geral, ao comparar a rentabilidade histórica entre o IPCA+ e o índice Bovespa, a renda variável tende a oferecer retornos mais elevados a longo prazo, embora com maior risco. No entanto, isso não é garantido e depende do período analisado. Portanto, a escolha entre renda fixa e renda variável deve considerar o horizonte de tempo e o contexto econômico, além do perfil de risco e dos objetivos financeiros de cada investidor.


Análise da Renda Fixa


É essencial entender que as taxas de rentabilidade da renda fixa são apresentadas de forma bruta. Devemos descontar a taxa de custódia da B3 (0,22% ao ano) e o imposto de renda, que varia de acordo com o tempo de investimento (15% para títulos mantidos até o vencimento após dois anos). Mesmo após esses descontos, o título pré-fixado 2032 oferece uma taxa líquida atraente de cerca de 12,93% ao ano. Já o IPCA+ a 7,8% reflete o pessimismo do mercado, com taxas de juros semelhantes às do período de crise de 2016.


Comparação entre IPCA+ e Pré-Fixado


As projeções atuais da curva de juros indicam uma inflação entre 6,75% e 6,96% para 2025. Somando isso ao IPCA + 7,8%, obtemos um retorno de 14,3%, ligeiramente inferior ao pré-fixado. No entanto, historicamente, os títulos indexados à inflação (IPCA+) tendem a superar os pré-fixados no Brasil, oferecendo um retorno real mais elevado.


Comparação de Títulos Longos vs. Curtos


Historicamente, investimentos em títulos mais longos têm rendido mais após dois anos, especialmente quando o juro sobre o IPCA ultrapassa 5,5%. Portanto, pode fazer sentido alongar os investimentos em títulos públicos indexados ao IPCA para prazos acima de cinco anos. No entanto, essa decisão deve considerar a estratégia de diversificação e o perfil de risco de cada investidor, lembrando que o desempenho passado não garante resultados futuros.


Qual é a Oportunidade?


Nos últimos 12 meses, os títulos públicos abriram a possibilidade de fixar rentabilidades de 6% acima da inflação por prazos relevantes. Além disso, há a possibilidade de venda antecipada com retornos acima do CDI, embora isso dependa das condições de mercado. Recomenda-se que os investidores estejam preparados para manter a aplicação até o vencimento, caso a oportunidade de venda antecipada não se concretize.


Comparação entre Renda Variável e Renda Fixa


Embora a renda fixa seja atraente, a renda variável oferece vantagens fiscais, como a isenção de imposto de renda sobre dividendos. Além disso, a volatilidade do mercado pode ser aproveitada para adquirir ações de boas empresas pagadoras de dividendos a preços reduzidos durante correções de mercado. Reinvestindo os dividendos, os investidores podem aumentar o "dividend yield" a longo prazo e o capital investido sem a necessidade de novos aportes. Em um futuro com juros mais baixos, espera-se que as ações se valorizem mais, reduzindo a atratividade da renda fixa.


Benefícios da Renda Variável e Estímulo ao Investidor


A volatilidade do mercado de ações, como argumenta Nassim Taleb, oferece oportunidades para comprar ativos a preços mais acessíveis, aumentando o potencial de retorno. A experiência de receber dividendos crescentes ao longo do tempo incentiva o investidor a aumentar seus aportes, criando uma "bola de neve" financeira. A renda passiva gerada por investimentos em ações e fundos imobiliários oferece não apenas segurança financeira, mas também a liberdade de se dedicar a atividades que realmente se ama.


Conclusão


  • Conhecimento é Poder: A busca pela liberdade financeira deve ser pautada pelo conhecimento. Recomendamos uma lista de livros essenciais para todo investidor antes de decidir onde alocar suas reservas.

  • Equilíbrio na Carteira: Não se deve ignorar a renda fixa, especialmente em momentos de juros altos, mas ela não deve ser a única opção na carteira. A carteira ideal deve equilibrar a parte conservadora (renda fixa) com uma parte que se beneficia da volatilidade (ações e fundos imobiliários), explorando a antifragilidade.


Este capítulo oferece uma visão clara e simplificada das opções de investimento disponíveis, ajudando você a tomar decisões informadas e estratégicas para alcançar o sucesso financeiro

 
 
 

Comentários


bottom of page